Hospital 'não encontrou irregularidades' em operações de médico suspeito de causar lesões em pacientes no RS

  • 28/03/2024
(Foto: Reprodução)
Leandro Fuchs, cirurgião plástico em Porto Alegre, responde a 75 inquéritos por lesões corporais graves em mulheres e homens, além de 20 processos judiciais. Ele está afastado do hospital e Justiça suspendeu o seu direito de exercer a medicina. Cirurgião plástico Leandro Fuchs, em foto no seu perfil no Instagram Redes sociais/Reprodução O Hospital Ernesto Dornelles, em Porto Alegre, disse que não foram encontradas "irregularidades ou anormalidades na área de cirurgia plástica" dentro de uma investigação aberta em janeiro deste ano para apurar a conduta de um médico suspeito de causar lesões em pacientes durante operações. Leandro Fuchs, cirurgião plástico que atuava no local, responde a 75 inquéritos policiais por lesões corporais graves em mulheres e homens, além de mais de 20 processos judiciais. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp Oito mulheres ouvidas pelo g1 contaram terem feito procedimentos com o profissional entre 2020 e 2023: são histórias de procedimentos sendo realizados por médicos residentes, falta de atenção e acolhimento durante a recuperação depois da cirurgia, sangramentos, infecções, mutilações e deformações (leia os relatos). Em nota, o hospital disse que "a Comissão apurou que os protocolos de segurança do paciente foram seguidos em todos os procedimentos cirúrgicos realizados na instituição. O médico em questão registrou sua presença na instituição nos dias dos procedimentos, bem como assinou a Nota de Sala, um documento preenchido e assinado pelo médico responsável pelas cirurgias. Além disso, todos os protocolos de cirurgia segura foram executados, incluindo a aplicação de um checklist com toda a equipe presente antes de iniciar o procedimento cirúrgico" (leia a nota, na íntegra, abaixo). Fuchs está afastado do hospital desde janeiro deste ano. Em fevereiro, a Justiça suspendeu o seu direito a exercer a medicina. Ele também foi proibido de sair de Porto Alegre e teve o passaporte apreendido, além de ter sido determinado que ele não pode contatar ou se aproximar das supostas vítimas. Assista abaixo a uma reportagem com denúncias das vítimas Polícia investiga denúncias contra médico por negligência em atendimentos RELEMBRE O CASO Cirurgião plástico é investigado por problemas após operações em Porto Alegre 'Tenho raiva e vergonha do meu corpo', diz paciente de cirurgião Sobe número de denúncias contra cirurgião Cirurgião plástico pede afastamento de hospital após denúncias Justiça suspende exercício da medicina por cirurgião plástico investigado Paciente ficou com cicatriz após a cirurgia Reprodução/RBS TV Investigação policial De acordo como delegado Ajaribe Rocha Pinto, titular da 10ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre (10ª DP) e responsável pela investigação, o caso mais antigo em investigação teria acontecido em 2019. O mais recente, 2023. "Há suspeita de lesões corporais graves, negligência e imperícia. Setenta e cinco inquéritos já foram instaurados. As vítimas foram encaminhadas para exames complementares que estão pendentes junto ao Instituto-Geral de Perícias. Aguardamos os laudos para dar encaminhamento à investigação", conta o delegado. O médico negou as acusações. Segundo o IGP, "várias mulheres" já foram ao Instituto Médico Legal (IML) "para realização de exame de corpo de delito". Alguns laudos estão para serem encaminhados à Polícia Civil e outros estão em elaboração. "A função do perito, nestes casos, é de registrar os achados do exame clínico e analisar eventuais documentos médicos apresentados. Resultados estéticos ruins dependem de muitos fatores difíceis de avaliar, cabendo a manifestação do Conselho de Medicina (quanto à parte técnica) e da avaliação do Judiciário (que pode entender como passível de gerar indenização)", explicou o IGP. Leandro Fuchs, cirurgião plástico em Porto Alegre, em foto em seu perfil nas redes sociais Redes sociais/Reprodução Nota do hospital "Diante do referido caso, uma Comissão Interna foi instaurada para analisar os fatos, assim que o Hospital Ernesto Dornelles teve ciência das ocorrências, através das notícias veiculadas na imprensa, seguindo os protocolos exigidos e respeitando os processos legais. Importante ressaltar que até o momento da primeira divulgação do caso na imprensa, não havia nenhum registro de reclamação junto aos canais oficiais de atendimento nos últimos três anos. A Comissão apurou que os protocolos de segurança do paciente foram seguidos em todos os procedimentos cirúrgicos realizados na instituição. O médico em questão registrou sua presença na instituição nos dias dos procedimentos, bem como assinou a Nota de Sala, um documento preenchido e assinado pelo médico responsável pelas cirurgias. Além disso, todos os protocolos de cirurgia segura foram executados, incluindo a aplicação de um checklist com toda a equipe presente antes de iniciar o procedimento cirúrgico. O relatório final da avaliação não encontrou irregularidades ou anormalidades na área de cirurgia plástica dentro do Hospital Ernesto Dornelles. A instituição mantém um compromisso inabalável com o bem-estar e a segurança de seus pacientes. É importante ressaltar que a instituição não tem domínio sobre atendimentos realizados em consultórios particulares, sendo responsabilidade exclusiva de cada profissional. Portanto, a instituição não possui gerência dos desfechos posteriores em consultórios privados, sem retorno ao hospital". VÍDEOS: Tudo sobre o RS

FONTE: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2024/03/28/hospital-nao-encontrou-irregularidades-em-operacoes-de-medico-suspeito-de-causar-lesoes-em-pacientes-no-rs.ghtml


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